Foi recentemente
publicado o novo estudo da Agência Internacional de Energias Renováveis
(IRENA) - “ReMap 2030” – que detalha a
possibilidade de se duplicar o peso percentual das energias renováveis na
factura energética mundial até 2030 (segundo o estudo, será possível atingir
uma quota de 36% de utilização de energias renováveis).
Através de um estudo
de 26 países (Portugal, infelizmente, não faz parte do conjunto de países
analisados) a IRENA traçou o cenário actual (legislativo, económico e
regulatório) do uso de energias renováveis nesses mesmos paises e quais as estratégias
que devem ser implementadas para fazer aumentar esse mesmo uso.
De acordo com o
estudo recentemente publicado, aumentar o “peso” das energias renováveis até
2030 não só é possivel como é económicamente viável. Mais ainda, de acordo com
o estudo, este objectivo poderá mesmo ser alcançado com recurso a tecnologia já
existente.
Algumas das
conclusões do estudo foram as seguintes:
- O peso das energias renováveis na factura energética mundial pode exceder os 30% até 2030. Segundo o estudo, a combinação da utilização de tecnologia existente (actualmente) com um aumento de eficiência energética poderá elevar este número para 36%;
- A manutenção das politicas actuais de utilização e incentivo à utilização de energias renováveis apenas conseguirão aumentar a percentagem de utilização para 21% até 2030;
- Segundo o estudo, a transição para o uso de mais fontes de energias renováveis é económicamente viável, principalmente se forem tidos em conta os benefícios sócio-económicos que derivam de um menor uso de fontes de energia não renováveis.
Por forma a atingir o objectivo pretendido, o estudo indica que que os Estados devem, preferencialmente, a) criar e desenvolver planos de transição de uso de fontes de energia não renovável para fontes de energia renovável de forma ambiciosa e realista, b) criar um ambiente de negócios favorável ao uso de energias renováveis, c) promover a divulgação de opções tecnológicas (bem como o seu custo), d) tentar garantir a integração harmoniosa das energias renováveis na infra-estrutura energética já existente, e) promover a inovação e a aposta no desenvolvimento tecnológico.
Este estudo apresenta algumas conclusões bastante
interessantes pelo que recomendo vivamente a sua leitura como um dos elementos
de base para a discussão das opções a tomar (no futuro) relativamente à sustentação
de um “mix” energético português equilibrado.
Link para o estudo: http://irena.org/remap/REmap_Report_June_2014.pdf
Link para o perfil de utilização de energias renováveis
em Portugal (análise da IRENA): http://www.irena.org/REmaps/countryprofiles/Europe/Portugal.pdf#zoom=75
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