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terça-feira, 1 de julho de 2014

“IRENA's Global Renewable Energy Roadmap (REMAP 2030)"

Foi recentemente publicado o novo estudo da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA)  - “ReMap 2030” – que detalha a possibilidade de se duplicar o peso percentual das energias renováveis na factura energética mundial até 2030 (segundo o estudo, será possível atingir uma quota de 36% de utilização de energias renováveis).

Através de um estudo de 26 países (Portugal, infelizmente, não faz parte do conjunto de países analisados) a IRENA traçou o cenário actual (legislativo, económico e regulatório) do uso de energias renováveis nesses mesmos paises e quais as estratégias que devem ser implementadas para fazer aumentar esse mesmo uso. 

De acordo com o estudo recentemente publicado, aumentar o “peso” das energias renováveis até 2030 não só é possivel como é económicamente viável. Mais ainda, de acordo com o estudo, este objectivo poderá mesmo ser alcançado com recurso a tecnologia já existente.

Algumas das conclusões do estudo foram as seguintes:
  • O peso das energias renováveis na factura energética mundial pode exceder os 30% até 2030. Segundo o estudo, a combinação da utilização de tecnologia existente (actualmente) com um aumento de eficiência energética poderá elevar este número para 36%;
  • A manutenção das politicas actuais de utilização e incentivo à utilização de energias renováveis apenas conseguirão aumentar a percentagem de utilização para 21% até 2030;
  • Segundo o estudo, a transição para o uso de mais fontes de energias renováveis é económicamente viável, principalmente se forem tidos em conta os benefícios sócio-económicos que derivam de um menor uso de fontes de energia não renováveis.

Por forma a atingir o objectivo pretendido, o estudo indica que que os Estados devem, preferencialmente, a) criar e desenvolver planos de transição de uso de fontes de energia não renovável para fontes de energia renovável de forma ambiciosa e realista, b) criar um ambiente de negócios favorável ao uso de energias renováveis, c) promover a divulgação de opções tecnológicas (bem como o seu custo), d) tentar garantir a integração harmoniosa das energias renováveis na infra-estrutura energética já existente, e) promover a inovação e a aposta no desenvolvimento tecnológico.  

Este estudo apresenta algumas conclusões bastante interessantes pelo que recomendo vivamente a sua leitura como um dos elementos de base para a discussão das opções a tomar (no futuro) relativamente à sustentação de um “mix” energético português equilibrado.


Link para o perfil de utilização de energias renováveis em Portugal (análise da IRENA): http://www.irena.org/REmaps/countryprofiles/Europe/Portugal.pdf#zoom=75

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